Trendwatching apresenta relatório com tendências que vão impactar os consumidores latino americanos. Consumo cidadão e proteção da tecnologia estão entre eles

O consumidor latino americano dará maior valor a produtos e serviços que lhe economizem tempo e que ajudem na construção do conhecimento. O consumo associado a projetos cívicos e de cunho social também estará em destaque, bem como ofertas que auxiliem as pessoas a “se protegerem” do excesso de tecnologia dos dias atuais. As tendências são apontadas em um relatório da Trendwatching com cinco movimentos que devem influenciar a maneira como as pessoas consomem e compreendem as marcas em 2014. O relatório “5 Crucial South & Central American Consumer Trends for 2014” indica ainda que o público estará mais aberto a propostas que apresentem a realidade, mesmo que ela seja desconfortável.

Cada vez mais, o consumidor está devolvendo as demandas sociais para as empresas e não adiantará mais entregar um produto muito bom se o mundo a volta do cliente estiver cheio de problemas. “De que adianta ter um aumento de salário, por exemplo, se o mundo a sua volta piorou muito? Esta é uma percepção cada vez mais forte”, pondera Luciana Stein, Diretora para a América Latina da Trendwatching, em entrevista ao Mundo do Marketing. Entenda cada um dos pontos abordados no relatório:

Status Smart – O smart como símbolo de status não está relacionado a novas tecnologias que adotam o prefixo em suas nomenclaturas, como smartphones e smart tvs. O que será cada vez mais valorizado pelo consumidor é o conhecimento adquirido. Não é apenas a questão do diploma, mas há um interesse maior das pessoas por conhecimento, por saber e por ser mais inteligente”, avalia Luciana Stein.

O valor do conhecimento sobre algum tema está relacionado ao status que ele proporciona. Embora a população esteja estudando mais, a questão está ligada à familiaridade que o público tem com o conceito de conhecimento. “O consumidor se interessa em saber como as coisas funcionam e isso lhe traz certo prestígio. As marcas podem fomentar isso, atuando como escolas e criando ações nas quais se tornam instrumentos para ajudar o público nessa busca”, explica a executiva.

Civicsumers – Esta tendência engloba tanto aspectos de responsabilidade social e ambiental, como pontos ligados às pressões urbanas vividas nas grandes cidades. Em boa parte dos casos, o sentimento de civicsumers se traduz em consumidores que resolvem promover alguma iniciativa de cunho social, ganham notoriedade e são apoiados por grandes marcas. Isso significa também uma reversão na lógica tradicional: ao invés de pessoas seguindo as empresas, é o momento das companhias seguirem os consumidores, para entenderem que projetos estão sendo desenvolvidos, as demandas e o que pode ser trabalhado em conjunto.

Bitter Truths - Essa tendência é uma acentuação da responsabilidade social. Cresce a percepção entre o consumidor de que não adianta ter uma vida melhor se todo o resto estiver muito ruim. Essa visão é cada vez mais forte e as pessoas passam a tolerar também campanhas mais duras e diretas. 

Protective Tech – Com o excesso de tecnologia e recursos digitais absorvidos no cotidiano, o público estará mais atento a produtos e serviços que protejam contra a perda de privacidade. Mas há também uma grande preocupação com a privacidade digital. “Aumentou a preocupação com o uso que as companhias fazem dos dados das pessoas. Certamente teremos mais empresas que usarão isso como diferencial daqui por diante. O consumidor, independente da sua classe social, está mais atento a estas questões e mais consciente”, avalia Luciana Stein.

Life on Demand – A tendência vida on demand citada no relatório da Trendwatching não diz respeito apenas a serviços digitais, mas a toda oferta que ajude os consumidores a poupar tempo. As marcas que conseguirem oferecer ao público soluções que permitam a ele escolher o melhor tempo e local de consumo serão as mais valorizadas daqui por diante. Poupar tempo sempre foi um desejo das pessoas desde a década de 1960, quando começou o processo de automatização do lar. “O que muda é a velocidade deste desejo, que está mais acelerado. A tecnologia eliminou o tempo de espera e com isso as pessoas já não admitem esperar nada. A vida tecnológica acelerou o tempo da vida física. Neste contexto, aguardar 30 segundos em um sinal de trânsito pode ser considerado um tempo muito grande”, argumenta a executiva.

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