Lembro bem da primeira vez que um professor me disse: “está faltando área de respiro nessa revista”. O respiro faz parte da nossa vida, fala, leitura, escrita, e portanto, do layout também.
Área de respiro é o mesmo que um espaço em “branco”. Mas não pense simplesmente em um bloco de espaço branco, em vez disso, pense mais como espaço estrutural “vazio”, onde há elementos extras, firulas ou outras peças diagramadas para seu projeto.
Essencialmente, o espaço em branco é o espaço “não utilizado”, embora pareça um termo ruim para ele. Mesmo o espaço em branco parecendo sem uso, ele realmente serve a um propósito muito útil em seus projetos e, de fato, trabalha muito duro. Espaços em branco são valiosos para qualquer projeto, permitindo que o seu projeto respire e ofereça maior equilíbrio a todo ele.
Afinal, o que define a presença de um bloco, se não o espaço em branco em torno dele?!
Espaços em branco: Micro e Macro
Micro espaço em branco é o que você esperaria – todos as minúsculas partes de seu projeto que são desprovidas de quaisquer elementos. Isso pode ser os pequenos pedaços de espaço entre cada letra de uma palavra, ou entre cada linha de palavras.
Espaços em branco Macro refere-se aos pedaços maiores de espaço que você encontrará em seu projeto – entre os principais blocos de conteúdo, elementos ou módulos. Por exemplo, você pode encontrar blocos de macro espaço em branco entre um cabeçalho e seu próximo bloco de conteúdo, ou entre um pedaço de texto para outro.
Por que devemos nos preocupar com a área de respiro?
Imagine que você está navegando em um site e, em todo lugar que você olha, você não tem certeza se encontrou o que estava procurando. Isso, e também é difícil de ler, o texto é apertado, é muito perto do próximo bloco de texto e não há nenhum divisor sensível (ou mesmo apenas espaço suficiente) para diferenciar entre os blocos. É ruim, né?
Quando você está olhando para qualquer composição ou layout, o espaço em branco é uma daquelas coisas que devem sempre estar na vanguarda da sua mente. Permitir que todos os principais elementos do seu projeto tenham a chance de respirar dá um melhor equilíbrio a ele, o que faz com que tenhamos mais confiança em nosso projeto e direcionemos o usuário aonde ele realmente deveria ir.
Vantagens de um espaço em branco!
Sabemos agora que ter mais espaço em branco em nossos projetos dá a cada item diferente na página mais espaço para respirar. Isto cria o equilíbrio, uma vez que significa que podemos dar mais peso aos elementos que queremos focar.
Em conformidade com a nossa hierarquia visual, o espaço em branco também pode ajudar a guiar os usuários no layout de forma correta e como pensamos que eles deveriam fazer. Com mais espaço em torno dos elementos, também podemos esperar a aceleração das interações entre o nosso usuário e o produto. Isto significa que os usuários devem ser capazes de encontrar o que estão procurando o mais rápido possível, contribuindo para melhorar sua experiência.
Como usar a área de respiro no seu design
Entender que o espaço em branco é bom para os seus projetos é uma coisa, mas você precisa saber como colocá-lo em prática. Veja o método a seguir:
Método KISS (Keep It Simple, Stupid) – “Mantenha as coisas simples, idiota!”
É um princípio que valoriza a simplicidade do projeto e defende que toda a complexidade desnecessária seja descartada.
Muitas vezes, não há necessidade de complicar seu projeto enchendo de informação em TODO o lugar. Você precisa saber usar todas as suas técnicas de composição (espaços em branco, cor, tamanho, tipografia, etc) para chamar a atenção para as áreas que precisam um pouco mais de foco.
Mantendo o seu design simples não só ajuda a tornar a sua vida como designer mais fácil, mas isso torna as coisas mais fáceis para os usuários também, e principalmente para eles. Mantenha as coisas simples, descarte absolutamente qualquer coisa que não seja necessário ou importante, ou que o usuário não precise saber.
Também não use espaços em branco em demasia. Use o espaço que você tem habilmente, e melhore a usabilidade do seu projeto através de um espaçamento consistente garantindo que seu projeto seja claro e fácil de ser entendido e seguido.
Já diriam os grandes: Leonardo da Vinci – “Simplicidade é o último grau de sofisticação”, Mies Van Der Rohe – “Menos é mais”, Albert Einstein – “Tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso”, Antoine de Saint-Exupéry – “A perfeição é alcançada não quando não há mais nada para adicionar, mas quando não há mais nada que se possa retirar”.
Fonte: blog Design &Chimarrão