Sua empresa oferece um bom plano de carreira, um pacote de benefícios bem atrativo e se esforça nas ações de endomarketing, mas você percebe que o clima organizacional continua pesado e a produtividade não melhora?
Se esse for o caso, talvez a solução esteja em algo muito básico e que passa despercebido no dia a dia, mas faz toda a diferença para a criação de uma cultura organizacional saudável: a linguagem usada nos relacionamentos interpessoais e que pode contribuir ou prejudicar a comunicação entre os membros de uma equipe.
Como agência de comunicação, precisamos, antes de pensar em comunicar ou fazer ações de endomarketing, observar atentamente e com métodos pertinentes, a cultura organizacional e identificar o que está prejudicando a comunicação entre equipes e lideranças.
Um método que vem trazendo resultados surpreendentes entre centenas de empresas pelo mundo (entre elas a Google e a Microsoft), é a Comunicação Não Violenta (CNV):
A CNV- Comunicação Não Violenta é um método criado pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg e tem como objetivo promover uma comunicação eficaz e empática, onde estamos conscientes das nossas necessidades e dos outros, com a finalidade de falar sem machucar e ouvir sem se ofender.
“A Comunicação Não Violenta se baseia em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas. […] Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando.” Marshall B. Rosenberg
Para praticar a CNV precisamos aprender a utilizar na prática 4 elementos básicos na comunicação:
1) Observação: o primeiro passo é dizer ao outro as ações e fatos concretos que você está observando.
Ex.: “Percebo que sempre que eu apresento uma ideia diferente da sua você desconsidera.”
2) Sentimento: explique como você está se sentindo em relação ao que está observando.
EX.: ”...eu me sinto muito frustrado quando isso acontece.”
3) Necessidades: apresente a necessidade sua que está gerando esse sentimento.
Ex.: “É importante para mim que minhas ideias também sejam consideradas.”
4) Pedido: Peça ações concretas que irão ajudá-lo a resolver essa situação.
Ex.: “Você pode ouvir com atenção minha ideia antes de tomarmos uma decisão final?”
Nesse exemplo, ao invés de termos uma comunicação pouco eficaz onde um colega apenas diz ao outro: “Minhas ideias nunca servem para nada.” Usamos a comunicação não violenta e conseguimos expressar com clareza o que sentimos para que o outro possa exercer empatia e assim tenhamos uma resolução mais eficaz:
“Percebo que sempre que eu apresento uma ideia diferente da sua você desconsidera e eu me sinto muito frustrado quando isso acontece. É importante para mim que minhas ideias também sejam consideradas. Você pode ouvir com atenção minha ideia antes de tomarmos uma decisão final? ”
• Eficiência e empatia
Comunicar de forma eficiente e empática é um desafio que precisa de aprendizado e treino constante, mas que certamente valerá muito a pena não apenas para melhorar a produtividade e o engajamento da sua equipe, mas para melhorar os resultados gerais.
O Índice Global de Empatia, criado em 2016, mapeia quais são as empresas que estão criando com sucesso culturas empáticas, gerando maior retorno financeiro ao redor do mundo. Em pesquisa apontou que empresas com os melhores índices de empatia também apresentam lucratividade 50% maior do que empresas com menor índice.
Que tal ler mais sobre o assunto e observar melhor como sua equipe se comunica?
Separamos alguns links cheios de informação e aprendizado. Boa leitura!
Comunicação não violenta nas empresas: o que é CNV e como ela potencializa a inclusão no trabalho
O que é empatia e qual a sua importância para as empresas?
Clique na imagem abaixo e identifique se há comunicação violenta na sua empresa: